terça-feira, 19 de agosto de 2008

PRODUÇÃO DO DOCUMENTÁRIO: RIO SUSTENTÁVEL - TANGÊNCIAS NA ARTE, CIÊNCIA E CULTURA.


Momentos e Orientações para o projeto.


Entrevista com o biólogo ambientalista Renato Crouzielles:

Entrevista com o artista plático Sérgio César:





RIO SUSTENTÁVEL - TANGÊNCIAS NA ARTE, CIÊNCIA E CULTURA.
PROFA. MÁRCIA (ARTES), PROFA. ANITA (CIÊNCIAS) E
PROFA. DANIELY (INFORMÁTICA).

TURMAS 701 E 702


OBJETIVO

Trocar experiências e informações sobre as produções artísticas, científicas e culturais, visando articular o conteúdo comum à sala de aula com uma dinâmica diferenciada agregando pólos aparentemente afastados, mas claramente ligados perante as necessidades atuais do ser humano em conscientizar-se sobre o que está acontecendo em seu meio, tanto à nível de propostas que encaminhem idéias das futuras gerações, quanto contribuir a popularização de informações presentes e que acontecem simultaneamente.


PRÉ-ELABORAÇÃO

1º. Elaborar uma logomarca para a empresa fictícia. (sem cores)
2º. Escolha da logo e humanizar no programa paint ou photoshop.
3º. Roteiro do documentário nas seguintes ordens:

 Abertura
 Créditos iniciais
 Explicação dos objetivos.

 Arte
 Saúde
 Ciência


 Elaboração das perguntas para as entrevistas.

 Entrevistas filmadas:

 Artista Plástico Sérgio Cezar (Projetos sociais, Arte em papelão, abertura da novela "Duas Caras" e Arte para questionar possibilidades de melhora para o espaço crítico do Rio de Janeiro.
 Entrevista com os Professores de geografia Fernando (Indústria e meio ambiente)e Camilo Pereira (Educação, Pesquisa e Tecnologia).
Entrevista com o biólogo ambientalista Renato Crouzielles.
 Matéria sobre a epidemia da dengue no Rio de Janeiro. (relatos na FIOCRUZ e Tenda de Hidratação do Corpo de Bombeiros - pesquisa de campo com filmagens, fotos e entrevista com o Dr. Alexandre Marra).

 Créditos Finais

Obs.:

Material:
4 CDS regraváveis para troca de material coletado entre alunos e professores.
4 dvds para gravação, teste e finalização.
Desenvolver desenhos ou pinturas para ilustrar as transições de vídeo.


Trecho da Apresentação:

domingo, 11 de maio de 2008

RECICLAGEM: A SAÍDA DO PLANETA!


Aproximadamente em 1988 a garrafa descartável feita com polietileno tereftalato - ou PET, como conhecemos - surgiu como opção leve e barata para substituição das pesadas e de alta manutenção, garrafas de vidro. Infelizmente, não foi lançada em conjunto com as embalagens uma solução para o recolhimento e reutilização das mesmas, muito menos reciclagem.

O Brasil produz anualmente cerca de 3 bilhões de garrafas PET, um produto 100% reciclável, mas o volume de reciclagem atualmente beira os 50%. Isso significa na prática que pelo menos 1 bilhão e meio de plástico não-biodegradável é descartado no meio ambiente por ano, o que significa algumas centenas de anos para absorção na natureza.


Existem diversos projetos de recolhimento de PET para reciclagem no Brasil, que são utilizados tanto na geração de outros produtos como brinquedos, móveis, arte e até barcos, como também são triturados e reprocessados para darem origem a novas garrafas e outros objetos feitos com polietileno. A grande vantagem, além da óbvia preservação do meio ambiente, é o custo. Uma garrafa de polietileno reciclado custa cerca de 40% menos que a tradicional e a maneira como a reciclagem é feita elimina qualquer possibilidade de contaminação ou queda na qualidade do produto final. É uma perfeita garrafa PET, só que a matéria-prima já veio semi-pronta.




Ainda existem também as mentes criativas do povo brasileiro, capazes de inventar coisas como um aquecedor de água feito com material reciclado, iluminação interna aproveitando o sol e feita com garrafas PET, móveis baratos, resistentes e confortáveis feitos com garrafas e suportes para plataformas flutuantes, economizando na madeira antes utilizada. Valem cada clique.



Quer saber mais?
ABIPET
Recicloteca
Recicláveis : Negócio
Ambiente Brasil : Produção, consumo e reciclagem de PET no Brasil
http://tecnocracia.com.br

ATIVIDADES COM GARRAFAS PET




Com a proposta do Projeto Magia no Tempo, reslvi trabalhar com os alunos a casa do futuro, onde duas turmas de 38 alunos se apropriam das formas das garrfas pet e suas possibilidadzes construtivas para criar objetos que são utilizados em casa, inclusive fogões e microondas.
Justifico este trabalho como uma possibilidade de repensar o que fazemos todos os dias sem nos darmos conta: a destruição do meio ambiente.
Como a geração de jovens está respirando todas as informações possíveis sobre o assunto todos os dias, é colocar a cabeça pra funcionar e as mãos também.
Em grupos de 4 alunos, usamos o seguinte material:

Cerca de 40 à 50 garrafas pet (dependendo do objeto).
2 rolos de fita durex 5 cm.
Tesoura.
Tinta guache,1 pote de água, pincel e tecido para limpeza.



Primeiro desenharam o que poderiam criar, desde objetos de decoração até eletrodomésticos, projetando o passo-a-passo de cortes, montagem e acabamento.
Depois é a prática que fala mais alto, onde encontraram muitas possibilidadzes e limitações, mas não desanimaram e estão coordenando muito bem os trabalhos!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

CLIQUE AGORA!!!

BIOREPELENTES: UMA ALTERNATIVA PARA ALÉRGICOS, GESTANTES E BEBÊS:
http://cienciaseartes.blogspot.com/search?updated-min=2008-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&updated-max=2009-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&max-results=8


CÉLULAS, TEORIA E PRÁTICA ARTÍSTICA: http://cienciaseartes.blogspot.com/2008/04/atividades-plsticas-para-cincias.html

ARTIGO SOBRE ORGANOCLORADOS NA CADEIA ALIMENTAR:
http://cienciaseartes.blogspot.com/2008/03/cadeia-alimentar-jogos-interativos.html

DENGUE: TODOS OS DETALHES SOBRE A DOENÇA.
http://cienciaseartes.blogspot.com/2008/03/cuidado-com-dengue.html

E BREVE: ATIVIDADE PLÁSTICA PARA 7o. e 8o. ANOS SOBRE OS PESTICIDAS NA CADEIA ALIMENTAR (JOGOS E H.Q.) E CAMPANHA PUBLICITÁRIA SOBRE A DENGUE NO PAÍS (REVISTA ILUSTRADA).

ATIVIDADES PLÁSTICAS PARA CIÊNCIAS



MAQUETE DE CÉLULA ANIMAL



MAQUETE DE CÉLULA VEGETAL




CLIQUE!!

RECEITAS DE BIOREPELENTES, ATIVIDADE PLÁSTICA: PRODUÇÃO DE EMBALAGEM DE BIOREPELENTE, CRIAR LOGOTIPO, COMPOSIÇÃO VISUAL E DIAGRAMAÇÃO.
PRÁTICA PLÁSTICA SOBRE O TEMA CÉLULAS: O USO DE TÉCNICAS DE MODELAGEM E PINTURA PARA MAQUETE DAS CÉLULAS ANIMAL E VEGETAL.

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quarta-feira, 2 de abril de 2008

PREVENÇÃO À PICADAS DE INSETOS E RECEITAS DE BIOREPELENTE


Ilustração acima: Neem, originária da Índia.

O repelente natural vem ganhando popularidade com as sucessivas notícias sobre os perigos dos repelentes químicos que atingem principalmente as pessoas com asma ou rinite.




A citronela, planta parecida com a erva-cidreira, emana um odor ofensivo para os insetos e é certamente o repelente natural mais comum, sendo utilizado desde 1882. A citronela pode ser utilizada de várias formas:
Corpo
Coloque de 6 a 8 gotas do óleo de citronela na água do banho ou caso queira aplicá-lo diretamente sobre a pele lembre-se de diluí-lo com óleo de amêndoa, uva ou camomila.
Casa-
Hoje em dia é muito fácil encontrar sprays e incensos à base de citronela. O óleo pode ser utilizado em difusores, tendo o cuidado de ligá-lo algumas horas antes do ambiente ser utilizado já que por ser cítrico o óleo pode causar irritação ou mal estar.
Jardim -
as velas são muito utilizadas em ambientes abertos como repelentes de pernilongos e outros insetos, sendo mais eficazes quando colocadas em locais onde a movimentação de ar é relativamente pequena. No vaso ou no canteiro, a citronela não requer maiores cuidados. Ela atinge cerca de 1 metro de altura e diâmetro e é de fácil multiplicação.

ÓLEOS ESSENCIAIS

Os óleos essenciais como cedro, gerâneo, tea tree e lavanda são componentes de vários repelentes naturais e a razão do funcionamento deles é ligada à possibilidade de serem uma proteção da própria planta contra seus predadores.
Os óleos essenciais de menta, cânfora, eucalipto, canela e cravo são repelentes usados pela Medicina Tradicional Chinesa. Como este óleo tem um forte odor, geralmente são combinados com óleos como o de limão, laranja, e hortelã para amenizar o aroma.
Reaplique o óleo frequentemente sem jamais ingerí-lo ou espirrá-lo nos olhos.


Aqui vai uma receita que pode deter os insetos utilizando os óleos essenciais:

100 gotas de óleo essencial de jojoba
100 gotas de óleo essencial de gerâneo
50 gotas de óleo essencial de cedro
50 gotas de óleo essencial de sândalo
50 gotas de óleo essencial de lima
50 gotas de óleo essencial de pinho
60 ml de vodka

Coloque esta mistura em um recipiente com borrifador e use nos cômodos de sua casa.
Esta receita é de um repelente para você:

1 colher (sopa) de vodka
5 gotas de óleo essencial de citronela
100 ml de água destilada

Coloque a vodka e o óleo essencial em um tubo com borrifador e misture. Acrescente água e misture novamente. Aplique antes de sair para se proteger contra os insetos.
Na Índia, o óleo de nim (neem) vem sendo usado pelos fazendeiros para deter os insetos. O óleo da semente da grande árvore do nim é um ingrediente muito comum utilizado na Medicina Ayurvédica, em loções, sabonetes, xampus e até espermicidas. Os repelentes ayurvédicos de nim em óleo básico são geralmente seguros para a aplicação externa. O óleo de nim não deve ser ingerido. Na tradição indiana, as folhas de um tipo de louro penduradas na cozinha ou esmagadas e salpicadas sobre a comida pode reduzir o ataque de insetos.
Lembre-se que muitas ervas e temperos comprados em supermercados podem ter sidos irradiados , e os terapeutas ayurvédicos acreditam que desta maneira o "prana"ou força da vida das ervas pode ser destruído.
Alguns terapeutas também acreditam que a ingestão de vitamina B, alho e levedo de cerveja pode ajudar a repelir os insetos. Quando ingeridos em forma de cápsulas podem fazer efeito após 24 horas.
Visite a página: http://www.planetanatural.com.br

• REPELENTE ANDIROBA C/ CITRONELA:

• Combinação dos óleos de andiroba, eucalipto e citronela, colocados em pastilhas de celulose. COMPOSIÇÃO:
a) Óleo de andiroba (Carapa guianensis): repelente natural de insetos, sem contra indicações, extraído das sementes de árvore amazônica;
b) Óleo de eucalipto (Eucalyptus sp.): repelente natural de insetos, aromatizador de ambientes, descongestionante do peito e normalizador da respiração;
c) Óleo de citronela (Cymbopogon nardus): repelente natural de insetos e aromatizador de ambientes.


OLÉO ESSENCIAL DE CITRONELA

Repelem borrachudos e pernilongos.
Pode ser usado ao sol.
Modo de usar: Aplique nas regiões do corpo que fiquem expostas.

Neem
Neem é uma árvore originária da Índia. Possui propriedades inseticidas, medicinais, anti-séptica, cicatrizante e imunoestimulante.
Como efeito inseticida, o Neem age rompendo ou inibindo o desenvolvimento de ovos e larvas, bloqueando a mudança de pele das larvas e ninfas, inibindo o acasalamento e a comunicação sexual, repelindo larvas e insetos adultos, evitando que a fêmea ponha os ovos e impedindo a alimentação.

site de referência: www.natuessence.vilabol.uol.com.br







domingo, 30 de março de 2008

PROPOSTA PLÁSTICA - TEMA: DESENVOLVER EMBALAGENS DE PRODUTOS REPELENTES NATURAIS









PLANO DE AULA PARA ATIVIDADE PLÁSTICA DE ARTES E CIÊNCIAS

Profa. MÁRCIA e Profa. ANITA

TEMA: DESENVOLVER EMBALAGEM DE PRODUTO BIOREPELENTE DE COMBATE AO MOSQUITO DA DENGUE E ÀS LARVAS.

1ª. ETAPA: Esboçar a embalagem do produto, bem como os desenhos e cores a serem usadas.
2ª. ETAPA: Pesquisar quais os produtos naturais e componentes usados na produção. (indicado pela professora).





3ª. ETAPA: Trabalhar na informática toda a parte textual com informações que ficarão colados na embalagem para informação dos consumidores.
4ª. ETAPA: Desenvolver plasticamente a embalagem com cartolina ou embalagem reciclável (para desenho, corte e montagem), papel colorset, recortes de revistas (para composição visual) e textos digitados (para diagramação do produto).

O produto deve ser escolhido entre três:

a) Repelente para pele.
b) Repelente para ambientes.
c) Produto para evitar proliferação em água potável e vasos sanitários, ralos e semelhantes.
d) Produto para ser usado em plantas.



EXIGÊNCIAS:

No exterior da embalagem devem ter em fonte Times New Roman, no. 12:
a) Todos os cuidados para evitar o mosquito.
b) Modo correto de uso.
c) Cuidados com crianças e animais.
d) Nome do grupo com nome fictício da indústria produtora.

JUSTIFICATIVA:

Este trabalho visa à consciência sobre a epidemia vivenciada no Estado do Rio de Janeiro e estudo de produtos que não agridam a natureza, além de enfatizar as experimentações plásticas em comunicação visual e montagem tridimensional.



PRODUTO "IN NATURA" (NÃO PODE SER INGERIDO!),TRANSFORMADO EM ÓLEO OU CREME NÃO PREJUDICA A NATUREZA E PROTEGE CONTRA O TRANSMISSOR DO VÍRUS.


Planejamento:

Professora Márcia (Artes).
Professora Anita (Ciências).

segunda-feira, 24 de março de 2008

DETALHES SOBRE O VÍRUS DA DENGUE.



A picada do mosquito é a única forma de transmissão da dengue?

Sim, a dengue não é transmitida por pessoas, objetos ou outros animais.

Qual é o principal mosquito transmissor da dengue?

É o mosquito Aedes aegypti.

É verdade que somente a fêmea do mosquito pica as pessoas?

Sim, pois é a fêmea que necessita do sangue em seu organismo para amadurecer seus ovos e assim dar seqüência no seu ciclo de vida.

Como a pessoa reconhece o mosquito Aedes aegypti?

O Aedes é parecido com o pernilongo comum, e pode ser identificado por algumas características que o diferencia como: corpo escuro e rajado de branco e possui hábito de picar durante o dia.

De onde veio o mosquito Aedes aegypti?

É originário da África Tropical característico de países com clima tropical e úmido, introduzido nas Américas durante a colonização. Atualmente encontra-se amplamente disseminado nas Américas, Austrália, Ásia e África.

Qualquer inseticida mata o mosquito da Dengue?

Sim, porém a aplicação dos inseticidas atua somente sobre a forma adulta do mosquito, surtindo efeito momentâneo com poder residual de pouca duração.

Uma pessoa infectada pode passar a doença para outra? Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para pessoas sadias. A pessoa também não se contamina por meio de fontes de água, alimento, ou uso de objetos pessoais do doente de dengue.

É possível distinguir a picada do Aedes aegypti com a de um mosquito comum?

Não. A sensação de eventual coceira ou incômodo é semelhante à picada de qualquer outro mosquito.

Algum outro mosquito é capaz de transmitir a doença?

Sim, o mosquito Aedes albopictus, que também pode ser encontrado em áreas urbanas, também pode transmitir a dengue.

Todo Aedes transmite a dengue?

Não, apenas os infectados. O mosquito só transmite a doença se tiver contraído o vírus.

Todo mundo que é picado pelo mosquito Aedes aegypti fica doente?

É preciso que o mosquito esteja infectado com o vírus de Dengue. Além disso, muitas pessoas picadas pelo mosquito Aedes aegypti infectado não apresentam sintomas. Outras apresentam sintomas brandos que podem passar despercebidos ou confundidos com gripe, existindo ainda, aquelas que são acometidas de forma acentuada, com sintomatologia exacerbada.

Por que foi possível fazer uma vacina para febre amarela e não está sendo possível fazer uma vacina contra dengue?

No caso da Febre Amarela só existe um tipo de vírus. Na dengue, são conhecidos quatro variedades de vírus – chamados den1, den2, den3, e den4. Os quatro tipos já foram registrados no Brasil (sendo que o tipo 4 só na Amazônia). A rigor, uma vacina para um tipo não dará imunização para outro.



SINTOMAS

Quais são os principais sintomas da dengue?

Febre alta, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas articulações, músculos e muito cansaço. Também é comum náuseas, falta de apetite, dor abdominal, podendo até ocorrer diarréia e vermelhidão na pele.

Em quanto tempo os sintomas aparecem?

De três a quinze dias após a picada do mosquito infectado.

A pessoa pode estar com a doença e apresentar apenas alguns dos sintomas? Não ter febre, por exemplo?

Sim. A intensidade dos sintomas varia muito de pessoa para pessoa.

A pessoa pode confundir a dengue com uma gripe forte? Como saber a diferença?

Sim. A melhor forma de se ter certeza é procurando um médico e eventualmente realizando exames.

Quem teve Dengue fica com alguma complicação?

Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.



TRATAMENTO

A partir de que momento deve-se procurar um médico?

A partir dos primeiros sintomas.

Qual é o tratamento para a doença?

A pessoa doente deve repousar e ingerir bastante líquido (água, sucos naturais ou chá), evitando qualquer tipo de refrigerante ou suco artificial. Antitérmicos e analgésicos que contém em sua fórmula, ácido acetilsalicílico, como a aspirina, devem ser evitados.

Por que não se deve tomar medicamentos a base de ácido acetilsalicílico como "Aspirina, Melhoral, AAS ?

Porque estes medicamentos tem efeitos anticoagulantes e podem causar sangramentos.

Qual é o tempo de cura para dengue?

A febre costuma durar de três a oito dias e pode causar pequenas bolhas vermelhas em algumas regiões do corpo, como pés, pernas e axilas. Na maioria das vezes, o doente demora uma semana para ficar bom. Porém, o cansaço e a falta de apetite podem demorar até quinze dias para sumir. A recuperação costuma ser total.

Há cuidados especiais com bebês e crianças pequenas?

Nas crianças pequenas a doença assemelha-se mais a uma infecção viral inespecífica, sendo que os sintomas mais freqüentes são: febre, vômito e nas que já falam, a dor abdominal. A prostração é menos intensa. Deve-se procurar um médico logo que aparecerem os primeiros sintomas.

Quem já teve dengue uma vez pode ser contaminado novamente ou fica imune?

Estudos indicam que uma pessoa doente de dengue fica imune para sempre, com relação ao sorotipo que determinou a infecção, além do que, por um período de alguns meses, ela fica protegida para qualquer dos sorotipos de dengue. Passado este tempo, se ela se contaminar por outro tipo de vírus diferente daquele que se contaminou antes poderá ter comprometimento do quadro clínico e desencadear a dengue hemorrágica.

DENGUE HEMORRÁGICA

Qual é a diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica?

A clássica é mais branda do que a hemorrágica, que pode até causar a morte do doente.

As pessoas que já tiveram dengue uma vez podem desenvolver o tipo hemorrágico?

Sim. Qualquer um dos 4 sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. A probabilidade de manifestações hemorrágicas é menor em pessoas infectada pela primeira vez, portanto pessoas que contraem dengue mais de uma vez apresentam maior chance de complicações do quadro clínico, incluindo manifestações hemorrágicas.

Por que ela é mais perigosa?

Porque, como o próprio nome diz, causa hemorragia e pode levar à morte.

Que tipo de exame identifica a dengue hemorrágica?

Há três exames que podem ser utilizados: a prova do laço, a contagem das plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório, com uma borrachinha o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos vermelhos sob a pele, que indicariam a doença. Os outros testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.

Quais são os sintomas da versão hemorrágica?

A dengue hemorrágica se manifesta de três a cinco dias depois da clássica. A febre reaparece após ter cessado, causando suor, deixando a pele esbranquiçada e as extremidades frias. É comum dor de garganta, queda de pressão, dores no estômago e abaixo das costelas. As hemorragias ocorrem em pequena quantidade. Quando a doença fica ainda mais grave o fígado fica mole e doloroso. As cólicas abdominais e a hemorragia aumentam, atingindo o tubo digestivo e os pulmões.

Qual é o tratamento?

Neste caso, a recomendação é aplicação de soro e plasma. Em certos casos há a necessidade de transfusão de sangue.

O mesmo mosquito que transmite dengue clássica pode transmitir a hemorrágica?

Sim.

Qual a taxa de mortos entre os contaminados?

De acordo com as estatísticas a chance de morte no caso da primeira manifestação da dengue clássica é zero. Na dengue hemorrágica a taxa é de aproximadamente 3%.



PRECAUÇÕES COM O MOSQUITO

O mosquito infectado pode picar e mesmo assim não transmitir a doença?

Sim, de 20% a 50% das pessoas não desenvolvem a doença.

Por que algumas pessoas são picadas, mas não ficam doentes?

Por características do sistema imunológico de cada um.

É verdade que o mosquito não pica à noite?

A fêmea do Aedes tem hábitos diurnos, não costuma picar à noite.

Que outros hábitos o Aedes tem?

O mosquito fica onde o homem estiver, e prefere picá-lo a qualquer outra espécie e também gosta de água acumulada para colocar seus ovos.

É verdade que o mosquito se reproduz mais rápido no calor? Por quê?

Sim. No calor, o período reprodutivo do mosquito fica mais curto e ele se reproduz com maior velocidade. Isto explica o aumento de casos de dengue no verão.

Por que só a fêmea do Aedes aegypti pica?

As fêmeas picam depois do acasalamento porque necessitam do sangue que contem proteínas necessárias para que os ovos se desenvolvam.

Quanto tempo vive o Aedes?

A fêmea do Aedes vive cerca de 30 a 45 dias e, nesse período, pode contaminar até 300 pessoas.

Quantos ovos um mosquito coloca durante sua vida?

Até 450. Descobriu-se que existe a transmissão transovariana, ou seja, que a fêmea, se estiver contaminada, inocula o vírus nos ovos e os mosquitos já nascem com ele. Isso multiplica as chances de propagação.

Por que a água acumulada é tão perigosa?

Porque a fêmea deposita seus ovos em locais com água acumulada.

Água de piscinas é uma ameaça?

Não se estiver recebendo o tratamento adequado com aplicação de cloro em quantidade correta. Caso contrário será um criadouro de mosquitos.

Adianta só tirar a água dos pratinhos que ficam sob os vasos?

Não. Os ovos ficam aderidos às laterais internas dos pratos ou ainda nas laterais externas dos vasos. O ideal é optar por pratos que fiquem bem justos ao vaso e lavá-los com água e sabão, utilizando uma bucha para retirada de possíveis ovos.

Ovos ressecados do Aedes também são perigosos?

Sim. Mesmo ressecados, os ovos são perigosos. Eles sobrevivem até 1 (um) ano sem água e, se neste período entrar em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça.

O repelente funciona? Quantas vezes deve ser aplicado por dia?

Os repelentes possuem ação limitada e não eliminam o mosquito, apenas o mantém distante.

O uso de inseticida contra o Aedes pode torná-lo imune ao produto químico utilizado?

Sim, pode.

Velas e incensos ajudam a espantar o Aedes?

Velas de citronela ou andiroba têm efeito paliativo. Isto porque o raio de alcance e a duração são restritos.

A solução de água sanitária com água limpa nas plantas é eficiente?

Não, é necessário substituir bromélias e outras plantas que acumulem água por aquelas que não acumulem água em suas folhas.

Aplicar borra de café na água das plantas e sobre a terra ajuda a combater o Aedes?

A eficácia da borra de café na dosagem de duas colheres de sopa para meio copo de água não foi comprovada e a sua utilização não simplifica os cuidados atualmente recomendados que são: a eliminação dos pratos ou a utilização de pratos justos aos vasos, a colocação de areia até as bordas dos pratos ou eliminar a água e lavar os pratos com bucha e sabão semanalmente.

Mosquitos podem ser transportados em carros, aviões ou navios?

Sim, desde que haja condições adequadas no meio de transporte.

Quanto tempo eles sobreviveriam numa viagem dessas?

Cerca de 10 ou 12 horas nas condições ideais.

Qual é a autonomia de vôo do mosquito?

O Aedes costuma circular num raio de 50 a 100 metros de distância do local de nascimento.

A borrifação de inseticidas mata os ovos ou apenas os mosquitos adultos?

Apenas os mosquitos adultos. Por isso, a borrifação de inseticidas só é eficaz no caso de surtos ou epidemias. Para matar os mosquitos é preciso acabar com os ovos. Caso contrário, outros mosquitos nascerão.

Quais são as condições ideais para o mosquito procriar e agir?

A temperatura que o mosquito gosta é de 26 a 28 graus. Qualquer temperatura inferior a 18 graus o torna inoperante. Com 42 graus, ele morre.

Como a pessoa infectada transmite o vírus para o mosquito?

Durante seis dias ela pode transmitir o vírus para o mosquito. Um dia antes de começar a sentir os sintomas e nos cinco primeiros dias de sintoma. Depois disso, não infecta mais o mosquito.





FONTE:

Ministério da Saúde

CIVES: Centro de Informação dos viajantes – UFRJ

Manual OPAS 1978 – Informe Oficial

terça-feira, 18 de março de 2008

CLIQUE NOS LINKS:

BIOREPELENTES: UMA ALTERNATIVA PARA ALÉRGICOS, GESTANTES E BEBÊS:
http://cienciaseartes.blogspot.com/search?updated-min=2008-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&updated-max=2009-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&max-results=8


CÉLULAS, TEORIA E PRÁTICA ARTÍSTICA: http://cienciaseartes.blogspot.com/2008/03/clulas.html

ARTIGO SOBRE ORGANOCLORADOS NA CADEIA ALIMENTAR:
http://cienciaseartes.blogspot.com/2008/03/cadeia-alimentar-jogos-interativos.html

DENGUE: TODOS OS DETALHES SOBRE A DOENÇA.
http://cienciaseartes.blogspot.com/2008/03/cuidado-com-dengue.html

E BREVE: ATIVIDADE PLÁSTICA PARA 7o. e 8o. ANOS SOBRE OS PESTICIDAS NA CADEIA ALIMENTAR (JOGOS E H.Q.) E CAMPANHA PUBLICITÁRIA SOBRE A DENGUE NO PAÍS (REVISTA ILUSTRADA).

Cuidado com a Dengue!


A identificação precoce dos casos de dengue é de importância crucial para o controle das epidemias.O vírus da dengue causa um espectro variado de doenças que inclui desde formas inaparentes ou subclínicas até quadros de hemorragia que podem levar ao choque e ao óbito.


Clique no link abaixo e oriente-se no site do Dr. Drauzio Varella sobre todos os detalhes da doença: http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/dengue_especial.asp

terça-feira, 11 de março de 2008

Visite a página com conteúdos de cinema, artes plásticas, vídeos e planos de aula: http://artemar2007.blogspot.com

domingo, 9 de março de 2008

ORGANOCLORADOS NA CADEIA ALIMENTAR




PRÁTICA PLÁSTICA : CADEIA ALIMENTARH.Q E CADEIA ALIMENTAR.

1a. ETAPA: Introdução à História em quadrinhos, falar sobre a história e seu desenvolvimento e importância existente até os dias de hoje.
2a. ETAPA: Com o tema sobre a cadeia alimentar, os alunos farão um esboço de personagens da história, colocando ao lado inferior do desenho seu nome e o que faz na história.
3a. ETAPA: Construção de texto e argumentos para o trabalho: personagens, ambiente onde se passa a situação e como vão passar a informação sobre o tema.
4a. ETAPA: O grupo vai produzir 12 requadros onde os personagens vão interagir e comunicar a importância de todos os seres da natureza para o equilíbrio ecológico e as consequências dos produtos tóxicos utilizados no ar e nas plantações para evitar pragas.
5a. ETAPA: Todos os requadros serão colados em ums estrutura de cartolina, semelhante ao filme para máquinas fotográficas automáticas, onde as pessoas observarão melhor quando expostas de maneira diferente: penduradas no teto. (BREVE FOTOGRAFIAS DOS TRABALHOS PRONTOS).
É uma forma de aguçar a curiosidade e interesse sobre um tema tão presente na vida do ser humano.






ORGANOCLORADOS-
UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Araceli Verônica Flores

A história da humanidade é marcada por uma quantidade inacreditável de prejuízos causados por pragas agrícolas. Relatos bíblicos descrevem grandes períodos
de escassez causados por invasões de gafanhotos. Em tempos mais recentes, na Irlanda,
por volta de 1845, milhares de pessoas morreram de fome em conseqüência da requeima-da-batata, doença que dizimou os batatais daquela região. Em Bengala, na Índia, a fome foi causa da morte de inúmeras pessoas devido à doença causada por fungo, que matou mais de 50% das lavouras de arroz. Em 1870, no Ceilão, hoje Sri Lanka, a cultura de café foi devastada pela ferrugem e teve que ser substituída pela de chá.

O Brasil presenciou a devastação da cultura de cacau pela vassoura-de-bruxa na região
de Itabuna e Ilhéus, na Bahia, a qual, além de conseqüências econômicas, ocasionou
sérios problemas sociais como o êxodo rural e o desemprego, e ecológicos, como a
destruição de partes da Mata Atlântica (TURK, 1989; MAFFIA & MIZUBUTI, 1999;
ZAMBOLIM, 1999).
Para combater essas pragas agrícolas, como também as que surgiram na
pecuária, e encontrar um novo equilíbrio ecológico, foi introduzido o uso de certos
produtos químicos, cujos número e eficácia não pararam de aumentar (SENENT, 1979).
Esses produtos, conhecidos como pesticidas, substâncias usadas em agropecuária e em
saúde pública, abrangem os inseticidas, os herbicidas e os fungicidas (TORRES, 1998).
Existem vários produtos químicos que são utilizados no controle de pragas.
Mais de 300 princípios ativos distribuídos em mais de 2.000 formulações são empregados
nas mais variadas culturas, finalidades e modalidades de uso (LARA & BATISTA,
1992). No entanto, a desmedida aplicação de pesticidas tem originado conseqüências
negativas, como o desaparecimento de algumas espécies de insetos úteis e,
conseqüentemente, aparição de novas pragas. Além disso, muitas espécies de insetos
tornaram-se resistentes a certos inseticidas, o que levou à busca de novos produtos de
maior seletividade (SENENT, 1979). Dos compostos usados em grande escala,
encontram-se, inicialmente, os organoclorados, depois os organofosforados, carbamatos,
piretróides e toda uma série de derivados de triazinas, dentre outros (LARA &
BATISTA, 1992).
Embora o controle químico de pragas tenha reduzido o índice de doenças
para homens e animais e incrementado a produção agrícola, agentes químicos podem
permanecer ativos no meio ambiente por longos períodos, afetando os ecossistemas.
Os efeitos desses agentes ao longo do tempo representam um grande risco para a
saúde pública, sendo necessários o monitoramento e a vigilância desses produtos em
águas, solos, alimentos e ar (JAVARONI et al., 1991).
Os pesticidas atingem o solo não só pela incorporação direta na superfície,
como também através do tratamento de sementes com fungicidas e inseticidas, no
controle de fungos patogênicos no solo, ou pela eliminação de ervas daninhas por
herbicidas. Esses compostos podem, ainda, atingir o solo de forma indireta, pela
pulverização das partes verdes dos vegetais e pela queda de frutos ou folhas que
receberam aplicação de agrotóxicos (MUSUMECI, 1992). Uma vez no solo, podem ser
transportados em grandes quantidades, pelas águas das chuvas, que levam a cobertura
vegetal e parte do solo, atingindo, principalmente, águas superficiais como rios e lagos.
Os pesticidas podem também se infiltrar no solo, atingindo as águas subterrâneas e ser
encontrados em poços utilizados para abastecimento de água para uso doméstico ou
para dessedentação de animais. A importância relativa dessas duas formas de transporte
depende, em grande parte, do tipo de solo e do relevo da região
(RIGITANO &
BARBOSA, 1994; MOREIRA & CRUZ, 1996).
Hoje, existem evidências de que consideráveis quantidades de pesticidas
atingem o mar. Segundo a Academia de Ciências dos Estados Unidos, cerca de 25%
da produção mundial de organoclorados chega a este ecossistema. Sabe-se que a
principal rota de entrada dos organoclorados no oceano, DDT
(diclorodifeniltricloroetano) e Aldrin, é a atmosfera. Estimativas têm indicado que a
poeira transportada pelos ventos apresenta até 150 mgDDTg , enquanto as demais
fontes possíveis de contaminação do oceano, no total, contribuem com apenas
1 mgDDT g.
Existem, porém, evidências de que quantidades maiores estejam entrando na cadeia alimentar dos oceanos (TOPOS, 1999).
Estudos têm evidenciado que os pesticidas podem permanecer no ambiente
durante longo tempo, causando grandes mudanças ecológicas e efeito ambiental.

Autoria: ARACELI VERÔNICA FLORES
HISTÓRICO
Em 1940, Paul Mueller, da companhia suíça GEISY, observou que o DDT,
sintetizado por Zeidler em 1874, era um potente inseticida. A sua pronunciada
propriedade inseticida, aliada à baixa solubilidade em água, alta persistência e sua
forma de ação, desconhecida até aquele momento, propiciou resultados
verdadeiramente notáveis e seu uso rapidamente se expandiu. Durante a Segunda
Guerra Mundial, na Itália, o DDT em pó foi pulverizado na pele da população para
prevenir epidemias de tifo transmitidas por piolhos, que causavam alta mortalidade.
Ele foi usado, também, em grandes áreas do globo terrestre para eliminar o mosquito
vetor da malária (KONRADSEN et al., 2004). Mais tarde, o DDT foi utilizado no
controle de pragas da agricultura, particularmente em colheitas com alto rendimento
econômico (BENN & McAULIFFE, 1981; OTTAWAY, 1982; MARICONI, 1985).
O problema surgiu quando o DDT, à semelhança de todos os
organoclorados, reduziu sua eficácia, obrigando o uso de dosagens cada vez maiores.
Por esse motivo, procurou-se desenvolver, em grandes laboratórios especializados,
fórmulas que se caracterizavam por maior eficácia e maior biodegradabilidade (TURK,
1989).
Com o passar dos anos, no entanto, a promessa de estar livre de insetos foi
quebrada, e o milagre químico, que tinha dado início à era dos pesticidas, não ocorreu
(TURK, 1989). O poder residual considerado como de qualidade decididamente
positiva desses compostos começou a ser encarado como sério inconveniente, o qual
encerrava significado ecológico de extrema gravidade. A ação residual dos
organoclorados era devida à sua estabilidade química, que lhes conferia prolongada
persistência no ambiente. Resíduos de organoclorados haviam contaminado
praticamente todos os ecossistemas, sendo detectados nos mais variados substratos e
tendo provocado a inquietação dos estudiosos do assunto e da população em geral. Na
segunda metade da década de 60, muitos países trataram de intensificar as pesquisas
relativas ao assunto e, ao mesmo tempo, tomaram medidas legais, restringindo ou
proibindo seu emprego (MATUO et al., 1990). No Brasil, a partir de 1970, a produção
agrícola sofreu grandes transformações. A política de estímulo do crédito agrícola,
associada às novas tecnologias, impulsionou várias culturas, principalmente destinadas
à exportação. Pacotes tecnológicos ligados ao financiamento bancário obrigavam os
agricultores a adquirir insumos e equipamentos, muitas vezes desnecessários. Entre os
insumos, estavam os pesticidas, que eram recomendados para o controle de pragas e
doenças, como método de resguardar o potencial produtivo das culturas. Esse método
obrigava aplicações sistemáticas de pesticidas, mesmo sem ocorrência das pragas,
resultando em pulverizações excessivas e desnecessárias (RUEGG et al., 1991).
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PERSISTÊNCIA X DEGRADAÇÃO
Os processos de transformação e degradação dos agrotóxicos no solo
dependem tanto das características do próprio solo como das características físico-
químicas das substâncias. Moléculas de alto peso molecular, contendo halogênios e/
ou anéis aromáticos condensados, como é o caso dos agrotóxicos organoclorados, são
mais persistentes (MUSUMECI, 1992; ANDRÉA, 2004). Os solos argilosos, por exemplo,
com alto teor de matéria orgânica, tendem a reter resíduos por maior tempo, facilitando,
assim, a persistência dos pesticidas (MOREIRA & CRUZ, 1996).
A persistência do pesticida no solo depende também da eficiência de
processos físicos de transformação, como evaporação, lixiviação, erosão e absorção
pelas raízes das culturas. Fatores ambientais como temperatura, conteúdo de matéria
orgânica, acidez, umidade e tipo de solo influenciam, também, as taxas de degradação
de pesticidas. Reações químicas, como hidrólise, podem ser pré-requisitos para o ataque
microbiano. Percebe-se, então, que pode haver interação dos agentes físicos, químicos
e biológicos na degradação dos pesticidas (BAILEY & WHITE, 1970; ANDRÉA, 2004).
Muitos compostos organoclorados, oriundos tanto de fontes agrícolas como
industriais, apresentam, freqüentemente, alta resistência à degradação química e
biológica e alta solubilidade em lipídios. A combinação entre a baixa solubilidade em
água e a alta capacidade de adsorção na matéria orgânica leva ao acúmulo desses
compostos ao longo da cadeia alimentar, especialmente nos tecidos ricos em gorduras
dos organismos vivos (TORRES, 1998). O BHC (Hexaclorobenzeno) é um exemplo
de organoclorado que, apesar de ser classificado como de persistência intermediária,
é bastante estável à ação da luz, do calor, do ar e de ácidos fortes, sendo capaz de
permanecer no solo, sem se decompor totalmente, por cerca de cinco anos (BERBERT
& CRUZ, 1984).
CONTAMINAÇÕES
O problema da contaminação por organoclorados tem se agravado e
adquirido proporções dramáticas, tanto pela sua intensificação quanto pela sua extensão
geográfica. Outrora, as zonas contaminadas eram muito reduzidas. Atualmente tendem
a cobrir o planeta inteiro e podemos encontrar DDT até na neve do Alasca (RYAN,
2004).
Os níveis de organoclorados na água dos oceanos têm causado sérios
problemas ecológicos como, por exemplo, o fracasso da reprodução da truta-do-mar,
na Laguna Madre, no Texas, e da águia-marinha, no Báltico (TOPOS, 1999). Além
disso, podem-se encontrar golfinhos contaminados com DDT, desde o litoral paulista
até regiões da Antártida (CAMPANILLI, 2004).
Como os compostos organoclorados são muito lipossolúveis e se acumulam
nas gorduras dos organismos, eles percorrem rapidamente a cadeia alimentar, com
resultados desastrosos para espécies, incluindo o homem, que ocupam o topo desta
cadeia (MATUO et al., 1990).
Nas aves, o DDE, metabólito do DDT, tem sido indicado como responsável
pela deficiência na formação da casca dos ovos. Como conseqüência, as cascas são
freqüentemente frágeis e não resistem até que ocorra a eclosão natural dos ovos. Esse
efeito diminuiu drasticamente a população de águias, falcões e açores, na década de
80, no ecossistema mundial (SOLOMONS, 1989; TAN, 1994).
Análises de amostras de leite materno têm fornecido dados alarmantes
em várias partes do mundo. Pesquisadores analisaram 60 amostras de leite materno em
mulheres egípcias. Os resultados indicaram a presença de DDE e Lindano em
praticamente todas as amostras. Outros organoclorados, como DDT, Endrin e
Endossulfan I também foram encontrados em níveis elevados em algumas amostras. A
presença destes pesticidas foi atribuída à intensa atividade agrícola na região (SALEH
et al., 1996).
Em um estudo realizado na Espanha, foram analisadas 134 amostras de
tecido adiposo humano, avaliando a possível presença de organoclorados. Dentre os
compostos investigados, o DDE e o BHC apresentaram níveis médios elevados , respectivamente. A elevada concentração determinada para o DDE pode ser devida ao fato de este composto ser o último e mais estável metabólito do DDT. Os resultados expostos comprovaram a afinidade dos
pesticidas organoclorados pelas gorduras, mostrando a evidente e crescente contaminação através da cadeia alimentar (COSTABEBER, 1999).
O câncer gastrintestinal é o terceiro tipo de câncer mais comum nas regiões de Uttar Pradesh e Bihar na Índia. A principal fonte de água destas regiões é o Rio Ganges, o qual é altamente poluído com pesticidas agrícolas. Num trabalho realizado com 60 indivíduos doentes destas regiões, descobriu-se que os mesmos apresentavam altas concentrações biliares dos organoclorados BHC, DDT, Aldrin e Endossulfan. Foi sugerido que estas substâncias possam estar implicadas na ocorrência deste tipo de câncer nestes locais (SHUKLA et al., 2001).
Entre 1993 e 1995 foi realizado, em Hong Kong, um monitoramento dos níveis de pesticidas organoclorados em amostras de leite de vaca. Em várias amostras, os níveis de DDE e BHC excederam os limites permitidos pelo Coder Committee on Pesticide Residues. Apesar da China ter proibido o uso destes pesticidas, desde 1983, os resultados deste trabalho revelam que tais substâncias ainda persistem no meio ambiente causando contaminação da cadeia alimentar (WONG & LEE, 1997). O mesmo pôde ser observado recentemente com populações da área urbana e rural de Portugal. Apesar de neste país o uso de organoclorados ter sido proibido desde 1988, estas substâncias foram encontradas em níveis bastante elevados no soro sanguíneo de
vários indivíduos (CRUZ et al., 2003).
No Brasil, o problema não é diferente! Recentemente, foram encontrados
resíduos de pesticidas organoclorados persistentes (POPs) em amostras de sangue de
várias pessoas que vivem e trabalham na área urbana do Rio de Janeiro (DELGADO
et al., 2002). Na Cidade dos Meninos, município de Duque de Caxias, RJ, uma antiga
fábrica de inseticidas do Ministério da Saúde, desativada na década de 50, abandonou
ao ar livre quantidade elevada de inseticida, que tinha como principal constituinte o
Ambiente & Sociedade – Vol. VII nº. 2 jul./dez. 2004 BHC.
O poluente atingiu o solo e a vegetação. Foram encontrados traços de veneno
até na água de coco do local, e escavações comprovaram que o lençol freático também
está contaminado (OLIVEIRA & ADEODATO, 1997). Também no Brasil, estudantes
do Curso de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que não
tinham exposição direta a inseticidas organoclorados, tiveram seu sangue analisado,
constatando-se a presença de DDE e BHC (OLIVEIRA et al., 1987). Foram
investigados, também, os níveis de organoclorados em águas e sedimentos da bacia do
Rio Piracicaba, na região central do Estado de São Paulo. Esta região abriga uma
população de aproximadamente 2.960.000 habitantes e abrange cerca de 61 municípios
(CETESB, 2002). A utilização da água nesta região baseia-se em abastecimento público,
recepção de efluentes domésticos e industriais, abastecimento industrial e irrigação
de plantações (CETESB, 1998). Os resultados da investigação revelaram que esta
bacia apresenta alto comprometimento devido à presença significativa de alguns
organoclorados. Nos municípios de Santa Bárbara d‘Oeste, Sumaré e Campinas, por
exemplo, foram encontradas quantidades do fungicida BHC bem acima do limite
estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, que é de 10,0 ng L-1
(DEL GRANDE & REZENDE, 2003).
Entre 1997 e 1999, foi realizado um estudo sobre a contaminação por
DDT em solos, sedimentos e ovos de aves domésticas em área peridomiciliar de uma
região endêmica de leishmaniose, localizada na cidade do Rio de Janeiro. A última
aplicação conhecida de DDT, nesta área, foi realizada em 1990, com o objetivo de
combater o vetor da leishmaniose. Os resultados desta investigação acusaram
contaminação em todas as matrizes estudadas. No entanto, o resultado mais preocupante
foi aquele que revelou a contaminação dos ovos, os quais são consumidos pela população
local (VIEIRA et al., 2000).
Um estudo realizado pelo nosso grupo (FLORES, 2000), na cidade de
Viçosa, interior de Minas Gerais, revelou a presença dos organoclorados BHC e DDT
em sedimentos do Ribeirão São Bartolomeu. Nas amostras de águas, deste mesmo
ribeirão, encontrou-se a presença de Heptacloro epóxido, Endrin e DDT. Os
organoclorados, encontrados nas águas haviam sido detectados anteriormente em outro
estudo, também realizado pelo nosso grupo, neste mesmo local, porém em níveis
superiores (CHAGAS et al., 1999).
Um relatório escrito pela Secretaria de Saúde de Paulínia-SP, sobre exames
médicos de 181 moradores do bairro Recanto dos Pássaros, contaminado por uma
indústria química, indicou que 86% destes moradores apresentaram pelo menos um
produto tóxico acima dos índices recomendados. De acordo com o documento, os
exames revelaram que quatro pessoas tinham BHC acima dos níveis recomendados,
28 tinham Heptacloro (seis crianças), 20 tinham Aldrin (cinco crianças), sete tinham
Endrin (quatro crianças), duas tinham Endossulfan e 44 tinham DDT (17 crianças).
O relatório apontou, também, incidência de tumores hepáticos e de tireóide, benignos
e malígnos, alterações neurológicas, típicas de exposição aos organoclorados, alto índice
de dermatoses, de rinites alérgicas, disfunções gastrointestinais, pulmonares e
hepáticas. Ainda, segundo o documento, 35% das crianças apresentavam distúrbios
neurocomportamentais que podem, inclusive, afetar sua capacidade de aprendizado
(GUAIUME, 2001).
VIAS DE ABSORÇÃO PELO ORGANISMO HUMANO
Os pesticidas clorados podem ser introduzidos no organismo através das
vias cutânea, digestiva e respiratória (MARICONI, 1985).
A eficiência da absorção dermal é variável. Os hexaclorocicloexanos,
incluindo o Lindano, e ciclodienos, como Aldrin, Dieldrin, Endrin e Endossulfan, são
eficientemente absorvidos quando em contato com a pele. No entanto, a maior
introdução no organismo de produtos, como o DDT e Dicofol, ocorre através dos
alimentos, principalmente com os que contêm elevada quantidade de gordura. Além
dos alimentos, a absorção dos pesticidas pode ocorrer através da via respiratória, que
absorve as partículas de pó de pesticidas que estejam no ar (FERNÍCOLA, 1985;
CHEREMISINOFF & KING, 1994).
TOXIDADE E SINTOMAS
As intoxicações do homem podem ocorrer de duas formas. Se o organismo
absorve, numa única dose, elevada quantidade de pesticida, ele reage rapidamente,
indicando os sintomas, que podem ser fatais ou permanecer por certo tempo.
Dependendo do produto e da dose introduzida no organismo, o estado clínico pode ser
reversível. Esse tipo de intoxicação é denominado intoxicação aguda. Outra forma de
intoxicação é a crônica, a mais preocupante, pois não tem manifestação imediata e é
resultante do acúmulo gradual do defensivo no organismo, sendo irreversível
(CAVERO, 1976).
Os inseticidas do grupo do DDT agem nos canais de sódio dos insetos,
mantendo-os abertos por um período mais longo. Com isso, ações repetitivas são
desencadeadas, uma vez que ocorre transmissão contínua do impulso nervoso. Os
insetos eventualmente morrem devido a hiperexcitação (ETO, 1990; GUEDES, 1999).
Em aves, a assimilação destes inseticidas provoca diminuição na fertilidade, devido a
alterações no metabolismo do cálcio e inibição da enzima anidrase carbônica, que
atua na formação da casca do ovo, tornando-a fina e quebradiça (PINHEIRO &
MONTEIRO, 1992).
No homem, os organoclorados atuam basicamente no sistema nervoso
central e no sistema de defesa do organismo. Os organoclorados causam sérias lesões
hepáticas e renais. Alguns produtos desse grupo lesam o cérebro, outros os músculos
do coração, a medula óssea, o córtex da supra-renal, o DNA etc. A atividade
estrogênica, estimulando a testosterona e propiciando a puberdade precoce, foi
comprovada para o DDT. Alguns estudos têm evidenciado a atividade imunossupressora
de certos produtos desse grupo e as alterações na conduta dos indivíduos (GUERRA
& SAMPAIO, 1991; PINHEIRO & MONTEIRO, 1992).
Autoria: ARACELI VERÔNICA FLORES.
Mais detalhes na página: www.informaves.hpg.ig.com.br/pesticida.htm

CÉLULAS - TEORIA E PRÁTICA ARTÍSTICA



TRABALHO PLÁSTICO DE CÉLULA VEGETAL (ACIMA).




TRABALHO PLÁSTICO DE CÉLULA ANIMAL (ACIMA)






As células animal e vegetal são células eucariontes que se assemelham em vários aspectos morfológicos como a estrutura molecular da membrana plasmática e de várias organelas, e são semelhantes em mecanismos moleculares como a replicação do DNA, a transcrição em RNA, a síntese protéica e a transformação de energia via mitocôndrias. A presença de parede celular, vacúolo, plastídios e a realização de fotossíntese, são as principais características que fazem da célula vegetal diferente da célula animal. A parede celular, que é composta principalmente de celulose, determina a estrutura da célula, a textura dos tecidos vegetais dando resistência as plantas. O vacúolo é uma organela que possui uma membrana (tonoplasto), preenchidos com um suco celular, solução aquosa contento vários sais, açúcares, pigmentos, armazenam metabólitos e quebram e reciclam macromoléculas. É uma organela que pode ocupar a maior parte do volume da célula. Os plastídios são envolvidos por uma dupla membrana e são classificados de acordo com o pigmento: os cloroplastos (clorofila), cromoplastos (carotenóides) e os leucoplastos (sem pigmento). Os cloroplastos são organelas responsáveis pela realização da fotossíntese. Ao contrário das células animais, que utilizam o glicogênio como reserva energéticas, as células vegetais armazenam amido. E na comunicação entre as células, nos vegetais é feita através de conexões chamadas plasmodesmas, e nas células animais, as junções comunicantes são responsáveis por esse papel.

Em Artes Visuais, foram introduzidas técnicas de desenho e grafismos indígenas, onde várias figuras geométricas formas padronagens que podem ser utilizadas e até reconhecidas em órgãos humanos e animais. Como em ciências a abordagem é Célula, o trabalho plástico foi conduzido para um projeto com todos os detalhes e colorações e posteriormente uma maquete que integrasse modelagem(escultura), desenho, corte e colagem

1 folha de isopor, massa de porcelana fria, cola de isopor, papel colordet, tesoura, lápis e borracha.
Com a referência dos desenhos feitos pelos alunos individualmente, observando todos os detalhes da célula animal e vegetal, posteriormente em grupos de 4 , o processo plástico da maquete inicia com a modelagem do isopor, cortando a folha inteira em 4 partes e colando uma em cima da outra. Posteriormente, desenhar o contorno da célula e modelar com estilete. Ao redor da célula, colar colorset vermelho(em caso de célula animal) ou verde(no caso da célula vegetal), até ficar toda esticada e bem fixa.

No espaço onde ficam o núcleo e demais detalhes, modelar tudo em massa de porcelana fria como está na figura.

Enquanto isso, outros integrantes cortam folhas de colorset e desenham estes detalhes em seus lugares para que fiquem bem organizados. Depois é colar os modelos de organelas, complexos e mitocôndreas e está pronta a célula. Como o tamanho do isopor varia, damos a dica de tamanho que é de 50 cmx50 cm. Este trabalho pode ser exposto em feiras científico-culturais.